(sindicato dos inspetores do SEF)

Deputados e ex-governantes defendem a importância do SEF no congresso dos inspetores

2021-05-25 17:50:26

Os ex-secretários de Estado da Administração Interna Dalila Araújo (PS) e Nuno Magalhães (CDS), e os deputados André Coelho Lima (PSD) e António Filipe (PCP), irão expor as razões porque sustentam a continuidade do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Rui Pereira, ex-ministro da Administração Interna, Júlio Pereira, ex-secretário-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa, e Gil Arias, ex-diretor-Executivo da FRONTEX, exprimirão a mesma posição noutro painel.

O congresso de 2021 do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras – SCIF-SEF, que representa os seus inspetores, irá abrir no dia 27 de maio com uma conferência antecipada com o tema “A importância do SEF no Sistema de Segurança Interna”. Nela intervirão deputados e ex-governantes de quatro partidos – António Filipe, do PCP; Dalila Araújo, do PS; André Coelho Lima, do PSD; e Nuno Magalhães, do CDS – os quais irão expor as razões porque defendem a continuidade do SEF. Dalila Araújo e Nuno Magalhães já foram secretários de Estado da Administração Interna (ver cartaz com o Programa em anexo).

No dia 27 de maio a conferência terá início às 10:00 no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa. Na sessão de abertura, falarão o presidente do ISCSP, Ricardo Ramos Pinto, o coordenador da conferência, Rui Pereira, ex-ministro da Administração Interna, e o presidente do sindicato, Acácio Pereira. No primeiro painel falarão os deputados e ex-governantes. O segundo painel será uma mesa-redonda entre Júlio Pereira, ex-diretor Nacional do SEF e ex-secretário-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa – SIRP, Gil Arias, ex-diretor-Executivo da agência europeia FRONTEX, e o ex-ministro Rui Pereira.

“Decidimos antecipar a conferência do congresso anual do sindicato para defender o SEF, defender o interesse nacional e tirar o Sistema de Segurança Interna português da armadilha em que o ministro Eduardo Cabrita e o primeiro-ministro António Costa o meteram”, afirma Acácio Pereira, presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização – SCIF-SEF. “Para salvar a cabeça do ministro, o Governo quer a destruição de um serviço que provocará a perda irreparável de conhecimento adquirido e de uma especialização do SEF que é reconhecida internacionalmente: seria um erro de gravíssimas consequências, não só para o nosso país, mas para toda a Europa!”

Foi por essa razão que o sindicato dos inspetores decidiu convidar personalidades dos quatro partidos fundadores da democracia portuguesas com responsabilidades na área da Administração Interna. Serão eles que, publicamente, irão explicar ao país político, à Academia e à opinião pública o quão errado seria desmantelar a única força de segurança e polícia criminal criada de raiz depois do 25 de Abril. O sindicato assegura que o desmantelamento do SEF seria mau para o país, para os migrantes e para a própria segurança dos portugueses e demais povos europeus.

“O desmantelamento do SEF prejudicaria o combate à criminalidade transfronteiriça de todo o Espaço Schengen!”, assegura Acácio Pereira. “Se o SEF fosse extinto, Portugal arriscava-se a apresentar-se perante os seus parceiros – pela primeira vez desde que há espaço Schengen! – como o Estado membro mais problemático do grupo, ao colocar em causa a preservação do bom funcionamento do espaço de livre circulação de pessoas na União Europeia”.